A viticultura aqui segue o mesmo sistema de outros projetos capitaneados por Murillo Regina, com a chamada dupla poda (em agosto e janeiro), de forma a manejar as uvas para uma colheita de inverno, em julho, fugindo do calor e da umidade.
O projeto mal foi lançado e já causa grande curiosidade. José Cláudio conta que já é procurado por curiosos que visitam a região em busca do vinho, o que o motivou a ter como próximo passo o investimento em enoturismo, com a construção de uma loja no local.
Os dois primeiros vinhos a serem lançados comercialmente (o que está previsto para setembro), são o Sauvignon Blanc 2015 e o Cabernet Franc 2015. São vinhos jovens, sem madeira e de videiras ainda na infância.
Ambos foram avaliados em primeira mão na Grande Prova Vinhos do Brasil em junho, com 82 pontos para o Cabernet Franc e 85 pontos para o Sauvignon Blanc – uma bela estréia! (Veja Quais são os melhores vinhos do Brasil?)
O Sauvignon Blanc tem cor muito clara, branco papel, aroma delicado e floral, paladar magrinho, macio e fresco, formando um conjunto muito bem elaborado e com tipicidade da casta.
O Cabernet Franc (que leva 3% de Merlot e 5% de Cabernet Sauvignon) tem cor rubi violácea entre clara e escura, com notas verdes típicas da casta, notas de café, amora, paladar ainda um pouco desequilibrado, precisando mais tempo de garrafa.
(* O estado do Rio já registrou tentativas de fazer vinhos nas montanhas fluminenses, em Macuco, próximo à cidade Friburgo e no Vale das Videiras, em Petrópolis, mas o clima chuvoso e propensão às pragas frustrou as empreitadas.)”